quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SITE DE EXEMPLO DE MAPA CONCEITUAL

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MAPA CONCEITUAL

DEFINIÇÕES

Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. Representam uma estrutura que vai desde os conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno.
Esta abordagem dos mapas conceituais está embasada em uma teoria construtivista, entendendo que o indivíduo constrói seu conhecimento e significados a partir da sua predisposição para realizar esta construção. Servem como instrumentos para facilitar o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz.
Novak é considerado o criador dos mapas conceituais e refere ter usado este em várias pesquisas, contemplando as diversas áreas do conhecimento.

UTILIZAÇÃO DOS MAPAS NA EDUCAÇÃO:

São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. Mapas Conceituais podem ser usados como um instrumento que se aplica a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar, como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em educação.
A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na idéia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aluno. Novas idéias e informações são aprendidos, na medida em que existem pontos de ancoragem. Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas em acréscimos. Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:
As entradas para a aprendizagem são importantes.
Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.
Novas idéias e conceitos devem ser "potencialmente significativos" para o aluno.
Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno fará com que os novos conceitos sejam relembrados. Nesta perspectiva parte-se do pressuposto que o indivíduo constrói o seu conhecimento partindo da sua predisposição afetiva e seus acertos individuais. Estes mapas servem para tornar significativa a aprendizagem do aluno, que transforma o conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, estabelecendo ligações deste novo conhecimento com os conceitos relevantes que ele já possui.
Esta teoria da assimilação de Ausubel, como uma teoria cognitiva, procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente dos seres humanos. A referida teoria dá ênfase à aprendizagem verbal, por ser esta predominante em sala de aula. Incluídas na aprendizagem significativa estão a aprendizagem por recepção e a por descoberta.


Mapas conceituais podem ser utilizados como:

Estratégia de estudo
Estratégia de apresentação de itens curriculares
Instrumento para a avaliação de aprendizagem escolar
Pesquisas educacionais

Como uma ferramenta de aprendizagem, o mapa conceitual é útil para o estudante, por exemplo, para:

Fazer anotações
Resolver problemas
Planejar o estudo e/ou a redação de grandes relatórios
Preparar-se para avaliações
Identificar a integração dos tópicos

Para os professores, os mapas conceituais podem constituir-se em poderosos auxiliares nas suas tarefas rotineiras, tais como:
Tornar claro os conceitos difíceis, arranjandos em uma ordem sistemática
Auxiliar os professores a manterem-se mais atentos aos conceitos chaves e às relações entre eles
Auxiliar os professores a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e suas relações para seus estudantes
Reforçar a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos
Permitir a visualização dos conceitos chave e resumir suas inter-relações
Verificar a aprendizagem e identificar conceitos mal compreendidos pelos alunos
Auxiliar os professores na avaliação do processo de ensino
Possibilitar aos professores avaliar o alcance dos objetivos pelos alunos através da identificação dos conceitos mal entendidos e dos que estão faltando

Segundo KAWASAKI (1996), é importante:
Escolher o tema a ser abordado
Definir o objetivo principal a ser perseguido
Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada com as interligações necessárias
Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz de realizar após a utilização do processo de aprendizagem
Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e promovendo recursos de ajuda.

Software CMap Tools

Investiga-se o impacto de uma ferramenta apoiada em computador e redes capaz de apoiar a construção colaborativa de mapas conceituais, desenvolvida pelo Institute for Human and Machine Cognition da UWF-Universidade de West Florida.
Mediante acordo de cooperação com a UWF, a ferramenta (servidor e cliente) foi cedida para uso no PGIE/UFRGS. Trata-se do IHMC Concept Map Software que permite aos usuários construir, navegar, compartilhar e criticar modelos de conhecimento representados como mapas conceituais.
Esta ferramenta está sendo usada pelos alunos da disciplina EDU3375- Computador na Educação e da disciplina Teledução no Pós-Graduação Informática na Educação.
Podemos encontrar o tutorial em inglês deste software no endereço: http://cmap.coginst.uwf.edu/ e o endereço para dowload é: http://cmap.coginst.uwf.edu/download/ diretamente ou pela página do PGIE e no endereço: http://www.penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/wincmaptools291.zip.
Construímos algumas páginas com Noções básicas de como utilizar este software, que podem ser encontradas em: http://penta2.ufrgs.br/edutools/tutcmaps/tutindicecmap.htm.


Referências Bibliográficas

AUSUBEL, D.P.; NOVAK, J.D. e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
FARIA, de Wilson. Mapas Conceituais: Aplicações ao ensino, currículo e avaliação. São Paulo: EPU - Temas Básicos de educação e ensino, 1995.
KAWASAKI, Evelise I. FERNANDES, Clóvis T. Modelos para Projeto de Cursos Hipermídia. Tese de Mestrado, Divisão de Ciência da Computação, Instituto Tecnológico da Aeronáutica. São José dos Campos, 1996.